sábado, 26 de junho de 2010



Olá pessoal, tudo bem?
Comigo está tudo ótimo, graças à Deus!
Tive uma semana movimentada, com as rotinas normais de uma mãe, mulher, empresária, filha, irmã, amiga e assim por diante.
Ontem foi aniversário do meu pai.
Infelizmente não tenho contato com ele há anos. Isto me entristece, pois faz muita falta esta presença paterna que por sinal eu nunca tive, a não ser quando meu avô estava entre nós, mas como faz muitos anos que Deus o chamou, não tive mais aquele colo e aquele abraço que só um pai sabe dar. Aquele tipo de abraço que te diz: Conte comigo no que for preciso!
Ainda bem que tenho uma mãe maravilhosa que sempre esteve comigo nos bons e maus momentos.
Mas ainda sim, não consigo deixar de pensar e imaginar como teria sido diferente se meu pai tivesse escolhido outros caminhos.
O álcool foi devastador para minha família, através dele meu pai não conseguiu assumir o seu papel. Sempre foi um homem difícil de lidar,sempre ausente, pois viajava muito devido seu trabalho e tb não fazia muita questão de voltar para casa. Até os meus treze anos de idade, vivi em um ambiente movido à medo, brigas e pavor.
Minha mãe se casou cedo, e teve três filhas e acho que este fator tb contribuiu para o comportamento do meu pai, que na maioria das vezes era agressivo e arredio conosco. Ele sempre quis um filho e todas às vezes que nascia uma menina, ele não ficava nenhum pouco feliz.

Uma pena!
Pois ele deixou de viver momentos maravilhosos e tb nos privou de carinho, amor, e assim por diante.Ele era daqueles que achava que se colocasse comida em casa, não precisava de mais nada.
Minha mãe sofreu muito com suas infidelidades, ciúmes e até mesmo agressividades.

Ela bem que tentava nos poupar, mas quase sempre eu presenciava tudo, pois  sou a filha mais velha.Não tenho contato nenhum com ele, já o procurei...nos últimos meses tentei outros contatos, mas todos em vão.

Antes eu tinha muita mágoa e até mesmo raiva dele, por ter nos abandonado e principalmente ter feito minha mãe tão infeliz. Tive que procurar ajuda espiritual e até psicológica para reduzir estes sentimentos tão medíocres e que só nos fazem mal.

Não sei qual seria minha reação, caso me deparasse com ele. É estranho sabermos que temos uma pessoa tão próxima que de uma certa forma influencia sua vida, e não termos nenhum contato.Nada! Como se tivesse morrido.
E quando alguém, que te conhece, sabe da sua história e ainda pergunta: E seu pai?
E vc, meio que sem graça, diz: Ué...não sei! Tem muito tempo que não tenho notícias...
É muito ruim!

Sinto muito por tudo isto ter acontecido e por termos deixado os anos tomarem conta desta grande distância.

Todos os dias peço à Deus para que ele seja feliz onde quer que ele esteja e com quem esteja. E ontem não foi diferente, fiz da mesma forma.

Às vezes me pego a pensar: Será que ele lembra de nós, suas filhas?
Será que ele não tem vontade de nos procurar?
Será que ele não tem vontade de conhecer seu neto?

A última notícia que tive dele mexeu muito comigo, pois ele escolheu ser pai de três outras moças que não são filhas dele. Que ironia do destino, não?! Ele ama outras pessoas como se fossem suas filhas. Gostaria que ele soubesse que nós não colocamos ninguém no seu lugar.

Peço à Deus que se for de sua vontade, nos faça reencontrar e quem sabe começarmos de novo.
E quem sabe construimos um relacionamento novo, sem mágoas, sem ressentimentos, sem medos.

Que Deus o abençõe meu Pai e feliz Aniversário!
Desculpem falar disto por aki...mas senti vontade de desabafar e este local me deixa à vontade para expôr o que me deixa feliz e tb para o que me deixa triste.
Beijoss da Driii

Um comentário:

Dani Alves disse...

Oi Dri, li sua postagem sobre seu pai, me emocionei, por que meu pai, apesar de morar aqui em Uberlândia, quase não temos contato também. ele conheceu minha filha mas a viu somente 2 vezes, em 3 anos! só Deus mesmo amiga mas acalmar nossos corações e tentar colocar entendimento do porque disso tudo. não tivemos problemas com álcool, entretanto meu pai teve problemas relacionados a mulheres. nossa, como era difícil. e como eu era filha " bastarda", minha madrasta descarregava suas frustrações em relação ao meu pai em mim. menina, como apanhei,como sofri. hoje nem tenho mais contato com ela, mas Deus mudou minha realidade, e Graças a Ele, constituí uma linda família,tenho um marido que me ama,uma filha linda,e sou muito feliz!Desejo que Deus te dê paz, tranquilidade, e se for a vontade DEle,vc encontrará com seu pai p/lhe dar um abraço,com choro, lágrimas, risos,mas de tranquilidade. beijos. fica com Deus! Ele te amam. Leia Jeremias 29,11. me add no msn daniela.alves6hotmail.com beijim